07 novembro 2008

Rotina dos pesquisadores começa cedo.

Armadilhas são visitadas diariamente, a partir das 7h30, para verificar se algum animal foi pego.

Os biólogos assistentes de campo do Projeto Carnívoros do Iguaçu, Luiz Fernando Zamboni e Marcelo Oliveira, percorrem todos os dias as trilhas do Parque Nacional do Iguaçu para verificar se algum felino predador foi capturado nas armadilhas colocadas numa faixa de 10 quilômetros de extensão.

Às 7h30 a dupla sai para verificar se as armadilhas capturaram algum animal, sem preocupar-se com a chance de encontrar um predador à solta. "Quando ver uma jaguaratirica, basta dar um pisão e ela sai correndo," diz Marcelo, com uma naturalidade pouco convincente e tampouco encorajadora. "O problema é a onça-pintada, mas a 'Joana' já é chegada da casa," acrescenta, referindo-se ao felino monitorado e considerado pouco perigoso, na visão dos pesquisadores.
A pequena população dessa espécie de animal na reserva tem dificultado a tarefa da equipe. Desde setembro passado, os dois pesquisadores não encontram pegadas do felino ameaçado de extinção. Nem mesmo as "iscas" colocadas dentro das armadilhas têm atraído as onças. Por outro lado, avistam jaguaratiricas e pumas com frequência.

Durante a caminhada pela floresta, Luiz e Marcelo monitoram os seis felinos (quatro jaguatiricas e um puma) que estão com colares. "Conforme o sinal repassado pelo rádio é possível verificar se o animal está em movimento ou em repouso. Quando não há alteração do bipe por mais duas horas é sinal que o animal está morto, porque ele nunca fica mais de duras horas sem se mexer," afirma Luiz, com base nos estudos da equipe.

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